Assisti a uma palestra no TED, de um rapaz que sofria de uma síndrome que afetava sua capacidade de associar nomes a pessoas. Contou como isso resultava em transtornos, já que recorrentemente tinha que perguntar o nome a quem já havia sido apresentado ou mesmo com quem convivia. A reação da maioria era a de sentir-se ofendida e isso gerava constrangimentos e, no ambiente profissional, até problemas mais graves. A mensagem da palestra era clara: dê o benefício da dúvida aos outros! As coisas, afinal, quase nunca são tão simples quanto parecem.
Essa atitude vai ao encontro da prática da “compaixão”, que inclui o esforço real de entender as atitudes dos demais, procurando colocar-se na posição dos outros, de modo a internalizar o motivo de suas ações. Quem já não ficou incomodado com o email de um colega, para depois descobrir que o tom na realidade não era aquele e sua interpretação é que havia sido equivocada? Ficou com raiva de alguém devido a um furo de compromisso, descobrindo em seguida que houve um imprevisto ou emergência? Perdeu a cabeça com um funcionário no aeroporto, sem levar em consideração que estava fazendo o melhor que podia dentro de suas limitações? Julgou um amigo por não cumprimentar com a atenção que se acredita merecer, ignorando que talvez tivesse problemas muito mais sérios na cabeça naquele momento?
Praticar o benefício da dúvida faz bem a si próprio e ao meio. Melhora a atitude do indivíduo, a qualidade dos relacionamentos, além de diminuir o estresse e a ansiedade. É uma dessas mudanças que são relativamente simples, mas que trazem benefícios multiplicadores.
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vc tem toda razão, esta é a verdadeira sabedoria, ainda que seja difícil de aplicá-la, amigo.
Mas um exercício extremamente recompensador.
abs, André.
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Que bom vê-lo por aqui, meu querido.
Exige trabalho mas aos poucos vamos aprendendo, com humildade, apesar de nossas limitações.
Abs!
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Na dúvida, não ultrapasse!
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